Os perigos dos inseticidas e alternativas naturais contra os parasitas externos

Os perigos dos inseticidas e alternativas naturais contra os parasitas externos

Esse é um assunto de muita relevância para nós e que achamos que merece uma atenção e cuidado especiais. 

Já contamos algumas vezes como um de nossos cães faleceu muito jovem, com 7 anos, de um cancro muito agressivo, e que descobrimos, através do veterinário que o tratou, que aquele tipo específico de cancro estava relacionado ao uso de comprimidos e pipetas de antiparasitários químicos. Recentemente encontramos este estudo, que comprova essa ligação.

Pois é, é fácil nos sentirmos reféns de um sistema que nos incentiva a usar todo o tipo de medicamentos e substâncias para prevenir doenças nos nossos animais, mas que não nos alerta para os graves efeitos colaterais dos mesmos. 

Em 2018, a FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos, publicou um alerta a veterinários e tutores de cães e gatos para o potencial neurotóxico de produtos anti-parasitas que contenham substâncias da classe das isoxazolinas. Estes produtos foram relacionados com reações neurológicas adversas como tremores musculares, ataxia e convulsões. Para ver o aviso da FDA e conferir a lista dos produtos potencialmente tóxicos, clique aqui.

Recentemente, as coleiras anti-parasitas têm sido alvo de análise. Uma reportagem investigativa da USA Today e do Midwest Center for Invetigative Reporting trouxe à tona diversos documentos, reclamações formais, encaminhados para a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), que relacionam o uso da coleira Seresto com a possível morte de 1.698 animais, mais de 75.000 incidentes adversos, 1.000 deles a incluir efeitos em humanos. Estas coleiras liberam pequenas quantidades de inseticida durante meses, que são absorvidas pela pele dos cães e gatos, os relatos incluem casos de irritação e vermelhidão local, falta de apetite, distúrbios neurológicos, convulsões e até  a morte. A EPA ainda não soltou nenhum aviso sobre o uso deste produto, e algum posicionamento poderá levar anos, é necessária muita investigação e o negócio de coleiras inseticidas move centenas de milhões de dólares anualmente, com certeza é um processo difícil… Para saber mais, clique aqui.

Há mais de 10 anos o Natural Resources Defense Council apresentou uma petição à EPA para proibir inseticidas para animais de companhia que contivessem o pesticida tetraclorvinfos, anos depois foi comprovado o potencial cancerígeno e a associação a danos cerebrais em crianças. Este pesticida foi banido na UE, e proibido em alguns produtos nos EUA, porém ainda continua a circular por lá.

A pesquisar mais sobre o assunto, descobrimos ainda que estes inseticidas que aplicamos periodicamente nos nossos animais de companhia estão também a afetar o meio ambiente. Um estudo da Universidade de Sussex que recolheu análises de rios em Inglaterra, concluiu que os mesmos encontram-se poluídos por quantidades altas de inseticidas e continuam a ser cronicamente contaminados pelo uso destas substâncias nos pets. É um risco muito grande para os insetos aquáticos, os peixes e aves que dependem desses rios, o que, em última instância, coloca em risco todo um ecossistema. Segundo o Professor Dave Gulson, da Universidade de Sussex, estes produtos químicos são muito potentes e um tratamento contra pulgas de um cão de tamanho médio com imidacloprida contém pesticida suficiente para matar 60 milhões de abelhas. Para descobrir mais sobre esse estudo, clique aqui.

A prevenção contra os parasitas externos é necessária e deve ser realizada, com bom senso e, principalmente, com informação. Quanto mais nos informarmos sobre os benefícios e malefícios das opções disponíveis no mercado e da real necessidade e risco que nossos animais têm, poderemos fazer escolhas melhores! 

Em meio a este cenário que parece sem saída, estamos aqui para falar que: existem alternativas! Há opções naturais que são tão efetivas quanto os inseticidas químicos e que não prejudicam nem os animais, nem os humanos e nem o meio ambiente. 

Existem óleos essenciais que repelem naturalmente, como o óleo essencial de citronela, cedro, erva-limão e melaleuca. Existe ainda o óleo de neem, eficaz contra pulgas e carraças. É possível diluir estes óleos em água e fazer um spray, por exemplo. Mas atenção, deve-se sempre testar antes uma pequena quantidade na virilha do animal, para observar possíveis alergias, e garantir que pode ser usado em fêmeas grávidas e em gatos. 

Na loja online A Matilha também trazemos algumas alternativas para repelir naturalmente os parasitas! Temos um spray repelente, um sabonete repelente e também um dispositivo repelente que emite ultrassons (é seguro para os pets e para nós), e está disponível tanto para cães quanto para gatos.

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